27 abril 2009

Líderes do movimento paredista de Roraima têm a prisão preventiva decretada.

PM prende um dos ‘cabeças’ do movimento


Foto: Arquivo Folha


Considerado um dos cabeças do movimento, Marco Prisco foi preso por volta das 8h deste sábado

WILLAME SOUSA

Considerado um dos dois cabeças do movimento, Marco Prisco foi preso por volta das 8h deste sábado, em cumprimento a mandado de prisão expedido pela juíza Lana Leitão, da 3ª Vara Criminal, solicitado pelo Coronel Moisés Granjeiro, que preside o Inquérito Policial Militar (IMP) instaurado para apurar fatos ocorridos durante a greve dos policias e bombeiros militares que durou quase um mês. Jeoás dos Santos também está com prisão preventiva decretada, no entanto, até as 19h de ontem, horário do fechamento desta edição, não havia sido encontrado pela polícia. Existem, ainda, informações extraoficiais de que novas prisões de pessoas ligadas ao movimento serão feitas nesta semana.

A Folha não teve acesso ao mandado de prisão de Prisco. Mas, conforme dados da Assessoria de Comunicação do Comando Geral da Polícia Militar de Roraima, ele foi preso por incitar os grevistas e ser um dos idealizadores da paralisação. A prisão dele foi efetuada na residência do presidente da Associação dos Policiais e Bombeiros Militares (APBM), Francisco Sampaio, enquanto comemoravam o final da paralisação. Prisco e Santos são da Associação Nacional de Entidades de Praças Militares Estaduais (Anaspra). Eles vieram apoiar a greve, que terminou no último dia 22, e são apontados como ‘cabeças’ do movimento.

Ainda de acordo com a assessoria de comunicação, os inquéritos estão sendo instaurados e gradativamente será solicitada à Justiça a prisão dos policiais que participaram da greve.

Conforme Lana, a prisão foi decretada porque ambos são apontados como “cabeças” da greve, por isso, devem ser ouvidos. Outro ponto que pesou foi o fato de os dois não integrarem o quadro de funcionários da PM de Roraima. “Precisamos ouvi-los e não era sabido onde eles moravam. Havia informações de que eles já estavam com passagens compradas e iam retornar para onde residem”, diz a juíza.

Ela acrescenta também que Prisco e Santos descumpriram ordem judicial que determinava a saída de quem ocupava o Comando de Policiamento da Capital (CPC), além de ter havido danificação de bens públicos durante o período no qual as dependências de tal prédio foram ocupadas, algo ainda a ser apurado para punição dos responsáveis.

Comando teria lista de 100 PM’s que devem ser expulsos

Ainda no sábado, um grupo de policiais e parentes que participaram do movimento esteve em frente do Comando Geral da Polícia Militar de Roraima em busca de informações sobre as condições de Prisco. Muitos se mostraram apreensivos com o desenrolar dos acontecimentos após o término do movimento, pois, segundo informações extraoficiais, há em mãos do Comando uma lista com mais de cem nomes de militares que, possivelmente, serão expulsos da corporação.

O presidente da Associação dos Policiais e Bombeiros Militares (APBM), Francisco Sampaio, afirma que há ameaças de prisão aos PM’s participantes da greve, no entanto, ele espera posicionamento do governador Anchieta Júnior. “Aguardamos a posição do governador em cumprir o acordo feito no final da greve”, explica.

PM – A Folha tentou contato com o comandante da PM, Gerson Chagas, para checar a veracidade da lista, contudo, até as 19h30 de ontem, não obteve sucesso nas ligações para seu telefone. (WS)

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