21 agosto 2009

PM muda escala, e policial do administrativo vai para as ruas

Nada de trabalhar só dentro dos batalhões da Grande Vitória. A Secretaria Estadual de Segurança Pública mudou a escala da Polícia Militar, e agora até os policiais que só faziam serviços administrativos terão que ir para as ruas. Ao todo, serão de 200 a 250 homens a mais no policiamento ostensivo, atuando em viaturas, das 15 às 22 horas. Eles ficarão em 43 bairros, ocupando 36 pontos da Região Metropolitana, diariamente.

Segundo o Estado, o objetivo é ter nas ruas mais viaturas, mais policiais e, na escala, menos folgas. Os intervalos serão reduzidos. Antes, quem trabalhava 12 horas seguidas na madrugada folgava as 72 horas seguintes. Agora são apenas 48 horas de descanso.

Além disso, os que atuam só nos serviços administrativos dos batalhões (com atendimento à população, cartório e guarita) vão ficar quatro horas nas ruas, em viaturas, das 18 às 22 horas. Das 13 às 17 horas, eles farão os trabalhos internos.

Com as alterações, o aumento no número de policiais em viaturas será de 20%, pelo menos. Outros 140 - que estão em formação - vão ajudar no policiamento ostensivo em Vitória, feito a pé, nos bairros de Jardim Camburi a Praia do Canto. Em vez de estudar em horário integral, eles terão aulas pela manhã e farão policiamento à tarde, por 4 horas.

O secretário estadual de Segurança Pública, Rodney Miranda, anunciou as mudanças na manhã de ontem. Segundo o comandante da PM, coronel Oberacy Emmerich, a ocupação nos 43 bairros será permanente, e o policiamento será intensificado entre às 15 e às 22 horas, horário no qual, segundo o Mapa do Crime, acontecem mais delitos.

"Este é o horário que mais ocorre crimes e vamos concentrar todos os recursos que temos para combater a criminalidade, principalmente homicídios e tráfico", disse o coronel.

Emmerich adiantou que os pontos escolhidos terão pelo menos quatro policiais, entre militares, membros do Batalhão de Missões Especiais (BME) e da Ronda Tática Motorizada (Rotam), além de pontos com auxílio do Comando de Policiamento Ostensivo Metropolitano (CPOM) e do Batalhão de Trânsito.

Os bairros terão uma placa informando que o local está ocupado pela polícia. O alto do Morro do Cruzamento foi o primeiro local escolhido para a ação. Além disso, uma viatura ficará localizada em um ponto de risco enquanto dez policiais realizam patrulha pelas ruas do bairro. (Com informações de Natalie Marino e Guido Nunes)

Soldados querem carga horária de 40 horas

A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar tem reunião agendada, na manhã de hoje, com o vice-governador Ricardo Ferraço. Eles querem mudar o que foi decretado, ontem, pelo Estado. O grupo está insatisfeito com a mudança na escala e afirma que não vai trabalhar a mais sem receber as horas extras.

Eles pretendem, ainda, entregar à Ferraço, um projeto de lei que regulamenta a carga horária do policial militar em 40 horas semanais, com obrigação de que seja pago o extra, o que poderia ser feito por meio de convênios com prefeituras, por exemplo.

"Também vamos protocolar o projeto na Assembléia Legislativa, com apoio dos deputados estaduais Josia da Vitória e Sargento Valter", frisa o diretor jurídico da Associação, Flávio Gava. "Não estamos contra o aumento de policiais nas ruas. Nós não queremos é ter que trabalhar de graça. Se aumentou o índice de criminalidade, contrate mais policiais", critica o diretor.

Segundo o comandante da PM, coronel Oberacy Emmerich, não haverá hora extra. "Todos vão continuar trabalhando 46 horas semanais, seis delas na escala extra", falou.

Dois bairros nobres estão entre as áreas ocupadas

Vista noturna da Curva da Jurema em Vitória

Pelo menos dois bairros entre os 43 que devem ser ocupados pela Polícia Militar ficam em áreas nobres de Vitória: Mata da Praia e Praia do Canto. Para as Associações de Moradores, isso é uma conquista das comunidades.

"Desde dezembro de 2007 pedimos aumento no efetivo. Insistindo porque acreditamos que isso é essencial para inibir a marginalidade. A medida tem total aprovação dos moradores da Mata da Praia", disse Domingos Morelo, presidente da Associação de Moradores da Mata da Praia.

A mesma opinião é compartilhada por José Carlos Lyrio Rocha, presidente da Associação da Praia do Canto. "Isso é tudo o que a gente almejava. A prevenção ao crime se dá com a presença da polícia nas ruas", frisou.

O segundo secretário dessa associação, Ronaldo Lyrio Rocha, acredita que esse aumento, com o projeto Rua Segura, tem tudo para reduzir a criminalidade. "Agora esperamos que mais prédios entrem no projeto. Hoje, quem participa, sabe o quanto é eficaz e veloz a presença da PM quando acionado pelo Rua Segura", afirma.

Bar e boate são os próximos a sofrer sanções

O próximo passo da Polícia Militar é alcançar um projeto de segurança pública para os fins de semana. Segundo o comandante da corporação, o coronel Oberacy Emmerich Júnior, elas serão implementadas com a ajuda das prefeituras da Região Metropolitana, principalmente, para facilitar na fiscalização em bares e casas noturnas, em geral. O trabalho tende a cumprir algumas determinações da lei seca estadual, publicada com novas normatizações no final do ano passado, e que exige alguns documentos para a permanência desses estabelecimentos. Ainda será divulgada como será a parceria de Estado e prefeituras.

Mais 150 viaturas em circulação

Data: 06/05/2009 - ES - Vitória - Viaturas novas para frota da Policia Militar, em exposição no pátio do Quartel do Comando GeralO Estado promete, com as mudanças na escala da Polícia Militar, colocar nas ruas da Grande Vitória 150 viaturas a mais. O comandante da PM, coronel Oberacy Emmerich, promete manter essa média com o aumento de policiais em trabalho ostensivo. Em alguns pontos houve redução de 80% nos crimes.

Atualmente, segundo o coronel, atuam 30 viaturas, por período, na Região Metropolitana. "Com a nova escala serão, pelo menos, 40 veículos da PM, e nos horários com demanda menor, das 3 às 10 horas", explica o comandante.

A partir das 13 horas o número aumenta consideravelmente, atingindo 180 viaturas por grande parte do período com maior índice de criminalidade na Grande Vitória: 15 às 22 horas. "Vamos mudar a forma de patrulhar nos bairros, virar referência às comunidades", enfoca Emmerich.

Resultados

Os trabalhos da ocupação de morros, feito pela PM, começou na metade do primeiro semestre, com cinco regiões monitoradas constantemente. Nesses bairros, houve uma redução de até 80% no percentual de crimes contra à pessoa, principalmente homicídios, segunda a Secretaria de Segurança Pública.

Agora serão 43 bairros ocupados, em 36 pontos fixos diariamente. Mas a escala da PM foi toda alterada para permitir que o número de oficiais e de viaturas aumentasse.

"Será uma adaptação. Estamos suprimindo o horário de treinamento que os policiais tinham e substituindo por instrução direta na rua. Vamos reduzir o expediente administrativo e criar um novo expediente operacional à noite, além de usar de maneira racional e centralizada nos comandos as escalas especiais, que também são reforço", disse o secretário Rodney Miranda. (Informações de Maurílio Mendonça, Natalie Marino e Guido Nunes)

Polícias Civil e Militar em 60 áreas do interior

Além dos 36 pontos fixos na Grande Vitória, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) anunciou 60 pontos de ocupação nos municípios do interior. Ao todo, serão 96 pontos em todo o Estado, com policiamento ostensivo. "A prioridade é dar mais presença e visibilidade dos trabalhos da polícia em todo o Estado. O interesse público vem em primeiro lugar", ressaltou o secretário estadual Rodney Miranda. Para conseguir estar presente em todos os locais mapeados, a Polícia Civil montou centrais de flagrante no interior para otimizar o atendimento à população e facilitar o trabalho da Polícia Militar. Até a escala dos civis será alterada para reforçar o combate à criminalidade no Espírito Santo, de acordo com Rodney.

Fonte:http://gazetaonline.globo.com/index.php?id=/local/a_gazeta/materia.php&cd_matia=525809

1 comentários:

Isso é uma grande mentira apre3goada pelo Governo ditatorial Paulo Hartung e Secretário Rodney Miranda. Os jornais capixabas estão morrendo e são bancados pelo governo Hartung. Esse homem detesta policial. Os policiais estão trabalhando numa carga horária excessiva e recebem um salário de fome. Já não viam nem conviviam com os seus familiares. Agora piorou. Houve um planejamento estratégico para a criação de um novo Quadro Organizacional da PM e Bombeiros visando dois pontos muito importantes: a humanização do horário de trabalho e o conceito moderno de Policiamento de Proximidade, aquele onde o policial permanece constantemente na comunidade. Mas o ditador Hartung não quer colocar em prática. Em virtude disso, não teremos outra alternativa senão paralisarmos as nossas atividades. Apresentei essa semana um projeto de lei na Câmara Federal limitando a carga horária máxima em 30 horas semanais, sem perda de salário ou benefícios, perfazendo seis horas por dia e estensivo a todos os componentes da segurança pública, de policial militar a guarda de presídio. Pesquisas apontam que a nossa atividade é uma das mais estressantes e porisso temos que ter uma escala diferenciada. E se tivermos que trabalhar a mais, que nos paguem por essas horas. Chega de escravidão. RUMO À PEC 300. Capitão Assumção.

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