09 agosto 2010

PM DO INTERIOR SOFRE ABUSO DE PODER POR UM OFICIAL

Na noite da última quarta-feira (28/07), o Sd Fernandes em plantão realizava patrulhamento na cidade de Nova Cruz e autuou vários veículos irregulares emitindo multas, um procedimento comum se não fosse uma coincidência que lhe gerou problemas. Ao se dirigir para a SEDE do 5º CPRE o Sd Fernando foi surpreendido, por que sem saber havia registrado multa do veículo do Comandante do do 8ºBPM, Major Linhares, veiculo que estava irregular como os demais, contudo o Major usou de abuso de autoridade sobre o soldado humilhando-o, apontando o dedo no rosto do praça e dizendo: VOCÊ É UM SOLDADO RUIM. EU LHE CONHEÇO, MAS VOCÊ NÃO SABE O QUE EU SOU CAPAZ.


O Soldado ficou surpreso com a atitude do oficial e muito constrangido diante dos seus companheiros, a única reação foi dizer: SIM SENHOR. Ainda insatisfeito o Comandante completou o abuso de autoridade dizendo: "VOU FALAR COM MEUS CONTATOS E VOU TIRAR VOCÊ DO CPRE, DEPOIS DE NOVA CRUZ".


O soldado pediu o oficial para diminuir o volume da voz e retirar o dedo de seu rosto, mas o Major continuando o abuso afirmou que iria chamar a viatura do GTO para prender o soldado. A Guarnição do GTO chegou ao local, mas ficando a par do ocorrido o Comandante do CPRE, Cap. PM Josemário, impediu a prisão abusiva.


Agora, o soldado Fernandes continua recebendo ameaças do Major Linhares. O praça e sua esposa (gestante de 8 meses) estão intimidados e com medo de represarias. Fatos semelhantes já ocorreram na PM/RN causando expulsão de militares como a Sgt Regina e o Cabo Jeóas. São militares que no exercicio do seu dever, como profissionais de segurança pública, agem corretamente e mesmo assim são coagidos por oficiais que não horam o compromisso com a sociedade.


A ASSPMBM-RN e demais entidades do interior se solidarizam com o Soldado Fernandes, e se colocam a disposição em defesa do colega que no momento está sendo ameaçado e injustiçado.


Direção da ASSPRA:


Segundo o presidente da ASSPRA o soldado buscou auxilio jurídico na entidade “ fomos solicitados e estamos tomando todas as providências cabíveis. Caso se confirme o fato, todo o rigor da Lei será cumprido, pois ninguém esta acima da Lei” declara o Sd. Heitor.


Fonte:
ASSPRA ( 84.9123-0061)
Assessoria de Imprensa da ASSPMBM-RN
84.8881-8828

3 comentários:

http://falandoaverdadecomsegadasvianna.wordpress.com/2010/07/17/uma-injustica-a-ser-corrigida-a-luta-continua/#comment-261


Acabei de assistir, revendo um filme da história de Mandela; e, quando assistia-o levado pela emoção das injustiças da vida; lembrei que a a cerca de um ano, presenciei uma cena lamentável. Estava eu conversando com um Maj. PM no pátio do QG da PM, responsável por um setor cujo pedia-o uma cópia de um documento; em dado momento, passava por nós um soldado sem interromper a nossa conversa, a uma distância de cerca de dois metros; o citado oficial interrompeu-a, e, em voz alta e de forma ríspida e tom arrogante o chamou a sua presença, como os “FAZENDEIROS CORONÉIS” da época do Brasil império chamava seus escravos; o soldado veio a passos largos, apresentando-se ao oficial. O Maj. perguntou-lhe, você não me viu aqui? sim, respondeu o soldado, visivelmente nervoso e sem saber de certo o que este oficial queria com esta indagação; nem eu também entendi o porque desta atitude. Então o Maj. perguntou: “- Então porque não prestou continência regulamentar ao passar por mim?”. O soldado havia dito que já havia prestado a continência por duas vezes naquele dia, e não havia feito por mal. Olhando o soldado de cima a baixo com expressão de desprezo por aquele homem (um subalterno, mas também PM e ser humano); determinou-o que se retirasse de sua presença, advertindo-o que isto não ocorresse mais. Senti-me mais humilhado do que o próprio soldado; pois ficou clara a mensagem; era para mim, já que não podia usar o regulamento devido a minha condição e talvez me desestimular a voltar para esta instituição; mas a PM não pertence aos oficiais, nem as praças, mas sim ao povo; nem tão pouco é instrumento do poder do Executivo para ser aplicada as lições de Maquiavel; o soldado foi apenas usado sem saber, para cumprir este propósito. É este regulamento da PMERJ e de todas as PMs do Brasil que vigora. O que tem a ver está história com Mandela? O Maj era Negro, o soldado de cor branca e eu um ex-pm buscando meu direito; esta é a maior prova que todos somos iguais quando seres humanos; não importa a cor da pele, mas quem está no poder; daí imediatamente pensei em Ihering quando usa a citação de Heinrich von Kleist, no romance Michael Koolhaas: “antes ser um cão que um homem, se tenho de ser pisado.” Sabe o senhor que os “cães” quando maltratados tendem a morder; estranhamente não ao seu dono, cujo o maltratou, entretanto mordem aqueles cujos encontram tão logo com este(s) se depara(m). Doutor Claudio Sarkis, se alguém quiser, humanizar o PM no seio da sociedade para que haja como homem e não fera, em primeiro plano têm que tornar-los seres humanos e não cães, quando na intimidade da relação oficiais versos praças versos regulamento (RDPM).

http://www.dihitt.com.br/noticia/pm-do-interior-sofre-abuso-de-poder-por-um-oficial/

PM DO INTERIOR SOFRE ABUSO DE PODER POR UM OFICIAL (Vamos repercutir).

O caso ocorrido em Nova Cruz/RN é mais um, entre tantos, cometidos por oficiais e reflete uma cultural organizacional que tem origem num militarismo arcaico,fruto de uma ditadura militar que vigeu, em nosso País, por um período de longos 20 anos, desrespeitando os direitos da sociedade brasileira.

Esse prática está enraizado nas instituições policiais militares como um câncer que precisa ser extirpado e combatido,pois contamina toda corporação e reflete na prestação de serviço ao cidadão,ferindo de morte um dos fundamento mais elementares do Estado Democrático de Direito que é a Dignidade da Pessoa Humana.

É muito clara a necessidade de mudanças nas corporações policiais militares, basta observa às notícias veiculadas pela imprensa de uma forma geral.

A polícia militar é a instituição que menos evoluiu em relação à humanização de suas práticas,inclusive, a principal: prestação de serviço ao cidadão.

Essa cultura organizacional,impregnada na corporação,força a prática do autoritarismo, pois dá ênfase ao ego dos comandantes, em detrimento ao profissionalismo dos comandados,pondo em risco a eficiência de tão nobre instituição e,também, provocando situações constrangedoras, humilhantes.

As instituições policiais militares estão sendo questionadas a todo momento e seus administradores não conseguiram se reciclar para se moldar a atual conjuntura social-democrática por que passa no País.

O militarismo autoritário não combina com democácia. O garantismo de nossa Constituição se choca fortemente com as práticas anti-democratica das policias militares brasileiras. É imperativa as mudanças.

Sempre que falo sobre a nossa polícia militar me torno repetitivo, pois coloco como fatores que podem fazer essa instituição presta um melhor serviço ao cidadão, os seguintes pontos: mudança na cultura organizacional,mudança na legislação (código de ética,estatuto),salário,dedicação exclusiva e treinamento contínuo.
Sem isso, ficaremos sempre “chovendo no molhado”,não teremos condições de prestar um bom serviço à sociedade.

“a injustiça que se faz a um,é a ameaça que se faz a todos"
Montesquieu

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